A química sintética é o ramo
da química que trata de produtos que são produzidos através de uma síntese, que
pode ser tanto orgânica como inorgânica.
Historicamente, a síntese
orgânica, teve a sua origem na preparação em laboratório de uma substância
natural contendo apenas um átomo de carbono, a ureia, sintetizada por Wöhler em
1828. Antes dessa síntese ser realizada por Wöhler, acreditava-se que somente
organismos vivos seriam capazes de produzir a ureia.
Vale ressaltar que a
primeira síntese realizada, foi a síntese da água, onde em 1782 Henry Cavendish
que foi o responsável por isolar o hidrogênio, reagiu o mesmo com o oxigênio
para formar água, assim sintetizando-a a partir desses dois gases.
A síntese de Cavendish foi a
primeira forma de síntese de que se tem relato, contudo a primeira síntese que
se tem informações mais precisas é a de Wöhler.
A partir da descoberta de
Wöhler, foi possível o desenvolvimento de novas técnicas para a realização de
sínteses com uma maior complexidade molecular estrutural, tal como o taxol que
foi sintetizado por Holton e Nicolaou em 1994, é em consequência do
desenvolvimento de novas técnicas de laboratório, novas metodologias de
síntese, mais seletivas e robustas e, também, em grande medida, pelo
amadurecimento da "filosofia" adotada para a execução de um
empreendimento sintético, como por exemplo, o planejamento estratégico a ser
seguido.
Para que seja possível
realizar-se a síntese de um dada substancia (molécula) com alta complexidade
estrutural, faz-se necessário a utilização de métodos que promovam as transformações
desejadas de forma controlada. Nesse âmbito, surgem as ferramentas catalíticas
que tem a função de melhorar a forma de realização de sínteses, obtendo assim
os produtos com maior rapidez e eficiência.
Outra síntese que tem
tamanha importância histórica é a síntese da amônia que foi realizada por Fritz
Haber em 1909, onde Haber e seu assistente Rossignol apresentaram uma rota
laboratorial viável para a síntese da amônia partir de nitrogênio e hidrogênio
nas formas gasosas.
Em 1918 Habel foi premiado
com o prêmio Nobel de Química pela sua síntese da amônia, a partir de seus
constituintes.
Por fim vale ressaltar a
importância da síntese e da química sintética como um todo, visto que boa parte
de tudo que consumimos parte de sínteses laboratoriais, desde roupas e
calçados, até remédios e alimentos. Sendo assim podemos concluir que a química
sintética nos rodeia e se faz importante em nosso cotidiano.
O texto escrito acima possui as seguintes referências:
- Correia, Carlos Roque Duarte; Oliveira, Caio C. A evolução da química orgânica sintética. Ciência e Cultura. São Paulo. vol 63. Jan. 2011
- UFCG. Henry Cavendish. Disponível em: <http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/HenryCav.html> acesso em 20 de Dez de 2016.
- Araújo, Mariana Corrêa; Baldinato, José Otavio. A síntese de amônia: uma proposta de estudo histórico para a formação de professores de química vinculada ao Prêmio Nobel de Fritz Haber. História da Ciência e Ensino. vol 11. Maio 2015 p. 96
Para uma melhor compreensão do conteúdo sobre química sintética pode relacionar-se alguns links para pesquisas sobre o assunto:
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